Assisti a um vídeo interessante, em que o narrador afirma que encontramos a felicidade dentro de nós mesmos e não nas outras pessoas...
Os outros não são culpados por nossas tristezas e solidões, até aí concordo....
Mas não somos ilhas autossuficientes... Estamos mais para navios que navegam ora sozinhos, ora em esquadra.
Mesmo em esquadra, é preciso um porto seguro às vezes, para fazer manutenção e reabastecimento
É possível navegar sozinho uma vida inteira, desde que se tenha um porto seguro. Mas, de outra forma, a solidão corrói o casco, o combustível vai terminando aos poucos e o navio fica a deriva até afundar lentamente
Não há nada mais triste do que ver um navio abandonado afundando lentamente com o passar dos anos...
O cara do vídeo provavelmente terminou o trabalho e foi comemorar... Ninguém é tão autossuficiente a ponto de comemorar sozinho... Ninguém abraça sozinho... Ninguém é consolado sozinho... Ninguém conta uma piada, faz uma festa, torna a casa aconchegante... Sozinho...
Não conheço ninguém livre o suficiente para ir a Gramado sozinho no dia dos namorados.... Nem para ir num jantar romântico desacompanhado... Não conheço alguém que faça uma festa de aniversário sozinho...
Mas conheço muitas pessoas... Crianças até, que resistem à solidão...
E, às vezes, a única forma de se proteger do mundo, a última alternativa antes de afundar, é atacar outros navios e aproveitar os despojos de guerra... O ódio, a agressividade, a violência são gritos de solidão. São pedidos de socorro mal compreendidos...
Enquanto olhamos com desaprovação ou desviamos nosso olhar, do conforto de nossos portos seguros, navios afundam... Uns silenciosos, depressivos, outros violentos e explosivos... E a única coisa que nos permitimos fazer é rezar para que não nos tirem nosso porto...
Blog do Prof Pedro
Blog do professor Pedro Rangel, de Rosário do Sul - RS Obrigado pela visita!
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Solidão
sábado, 23 de maio de 2015
Chuva em Rosário do Sul
Depois de muitos dias, a tão esperada chuva chegou. Há tantas notícias sobre escassez de água que é um alívio quando chove...
Que seja tranquila e bem vinda! E que traga junto consigo a consciência da importância da preservação do meio ambiente.
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segunda-feira, 8 de outubro de 2012
A CENOURA E A TARTARUGA
Certa vez, quando ainda
estudante do Ensino Fundamental, ouvi de um professor a história de uma
experiência feita com uma tartaruga.
Contou ele que prenderam a
extremidade de uma vara no casco da tartaruga. Na outra extremidade, um cordão
no qual pendia uma cenoura, de forma que ela ficava a alguns milímetros do
alcance do referido quelônio.
Confesso que nunca confirmei se
tartarugas gostam de cenouras. O fato é que, pelo menos nesta história, a
tartaruga caminhava, olhos fixos e pescoço espichado, tentando em vão comer a
cenoura que não acompanhava seu movimento.
Para dar um alcance maior à
lição, o professor contava que, no caminho da tartaruga, foram colocadas várias
outras cenouras que ela nem percebeu, tal a ânsia de atingir a meta tão próxima
e tão impossível.
Embora não tenha confirmado se
biologicamente a história é correta, gosto da metáfora. E reflito: quais são as nossas metas? Quais são nossas
cenouras?
Temos ou não uma “cenoura-na-vara”?
Por que corremos? O que nos move? Para onde estamos indo?
Enquanto questiono-me, percebo
que não importa se corro atrás de uma única cenoura ou se pego qualquer uma do
caminho. Importa é a consciência do caminhar: de onde venho, para onde vou,
porque e como vou.
Não existe uma fórmula ou método
certeiro para uma vida feliz. No entanto, a consciência do que fazemos já é um
ótimo começo.
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
A APOSTA
Antônio gostava de apostar. Nada
de vício ou ilegalidade. Morador da “Fronteira”, volta e meia ia a um Cassino
no Uruguai para apostar na roleta. Não queria ficar rico. Apostava apenas
alguns trocados em vários números. Perdia mais do que ganhava, era feliz assim.
Eduardo, irmão de Antônio, tinha
uma pequena propriedade. Plantava um pouco de tudo, criava alguns animais...
não enriquecia, mas garantia o sustento da família e um certo conforto. Criticava
muito o irmão por seu pequeno vício de apostar.
Acontece que um dia um
economista passou em frente à propriedade de Eduardo. Quis o destino que um
pneu furado apresentasse os dois. E a solicitude de Eduardo rendeu um almoço ao
economista e um passeio pela propriedade.
Grato pela acolhida, o
economista deixa um conselho: o preço da soja subiria muito naquele ano.
Eduardo sorri, simples. Nunca pensara em enriquecer, mas o bichinho do lucro
começou a roer suas ideias.
Foi ao banco (só para ver como
é), falou com o gerente. Conseguiu um financiamento. Trouxe gente, vendeu os
bichos, arrancou o pomar, amassou as verduras e, duas semanas depois, uma
grande planície vermelha indicava o prenúncio de uma nova lavoura de soja.
A soja já esverdeava a
propriedade quando veio o temporal. Granizo grosso. Eduardo, olhos rasos d’água,
vê seu sonho de riqueza derreter-se com o gelo. A propriedade, gota a gota,
passando para o cofre do banco. Lembrou de Antônio e de sua aposta. Cometera o
erro do irmão, só que não foram somente trocados. Apostara todas as fichas e
perdera tudo.
Quantos de nós apostamos “todas
as fichas” em um único aspecto da vida – a profissão, o relacionamento, uma
amizade, um filho – e quando algo não acontece como esperávamos, nossa
felicidade desaparece completamente.
Infelizes? Ainda há tantas
coisas boas! Mas como tentamos sustentar toda nossa vida em apenas um pilar,
fracassamos.
Eduardo estava certo quando
cultivava um pouquinho de tudo. Faça o mesmo. Seremos um pouquinho felizes
todos os dias, por vários motivos.
A felicidade é um bem que não
admite apostas.
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
A PEDRA
Havia uma pedra no caminho, já
dizia o poeta. E, se ele dizia, quem sou eu para questionar?
Pois bem, em nossos caminhos há
muitas pedras. Pedras angulares, pedras filosofais, pedras no sapato... Muitas.
Há quem sente na pedra, no meio
do caminho e chore, desolado. Há quem construa muros, há quem construa pontes. Há
quem as contorne, há quem as jogue no telhado de vidro do vizinho, há quem as
carregue.
Tonico era assim. Ganhara quando
criança uma mochila, que trazia sempre às costas. Nela, carregava suas
pedras-do-meio-do-caminho.
Nunca soubera exatamente porque
carregava-as. Quando questionado, ora não sabia responder, ora dizia que era
para preservar a integridade dos dedões de seus entes queridos. Enquanto pudesse
carregar seu fardo, ninguém à sua volta tropeçaria.
Mas, e há sempre um mas, Tonico
sofre, e bufa, e geme, e chora. Há anos já ultrapassou seus limites e a
mochila, cada vez mais repleta, insiste em vergá-lo em direção ao chão.
Exausto, derrotado por fim, ele para
e deposita cuidadosamente a mochila no solo. Pega uma por uma as pedras que
carrega e as observa. Esforço de uma vida inteira que agora parece esvair-se.
Num último alento de força,
clama por seu pequeno rebento. Herdeiro de sua sina, como Tonico fora um dia
para o próprio pai.
O menino chega e, lágrimas nos
olhos, vê o último gesto de um ancião que tomba: um indicador trêmulo em
direção às pedras, que logo cai para nunca mais mover-se.
O pequeno, em pranto, faz um
esforço para compreender a mensagem silenciosa. Nunca compreendera o gesto do
pai, nem a mania de aumentar o próprio fardo, de curvar, a cada dia mais, em
direção ao solo que o aguardava silenciosamente.
O herdeiro acerca-se da mochila,
tenta levantá-la. Geme, bufa, sofre e nada mais consegue do que arrastá-la para
mais perto. Tira as pedras cuidadosamente da mochila e vai colocando-as à volta
do seu pai – ele gostava tanto delas!
Espanta-se ao perceber que são
muitas. Centenas, milhares... Mais do que caberiam em mil mochilas. Seu rosto
ilumina-se. Sabe o que fazer.
No dia seguinte, quem passa
naquele caminho encontra um túmulo de pedras. Caprichosamente erigido. Cada um
com suas pedras - pensa o pequeno
herdeiro.
Adiante, tropeça em uma
inesperada pedra. No meio do caminho. E geme, e bufa, e chora vendo o dedo que
sangra e a unha partida. Não sabia que doía tanto, pois nunca tropeçara. Lembra
o gesto do pai.
Mancando ainda, toma a pedra em
suas mãos. Lamenta a falta da mochila, deixada para trás. Deposita a pedra fora
do caminho – não tem outra escolha – e segue seu destino.
Do céu, Tonico, que observava
apreensivo a cena, ainda torto pelo hábito do peso e arrependido de tão duro
legado deixado ao filho, ilumina-se em um sorriso: - Essas crianças! Ainda bem
que nem sempre copiam nossos erros.
A família do Tonico? Ah, eles
aprenderam a caminhar!
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quarta-feira, 19 de setembro de 2012
A VIDA E O MAR
Caminhando à beira-mar, talvez
conversando com este, buscava, numa atividade pueril um presente que lembrasse
aquele momento.
Praias e conchas têm tudo em
comum. Tanto que nas conchas fica guardado o som do mar. Sem elas, este ficaria
mudo.
No local onde estava, o dia
nascendo, o mar de um azul profundo, tingindo-se de ouro ao nascer do sol. A areia
intocada naquela manhã ficava por alguns segundos com a impressão de meus pés. Minha
alma, com uma lição gravada para sempre.
Não havia conchas na praia. Vez ou
outra, o mar mostrava uma, que era logo carregada pelas águas que retornavam. Neste
momento, deu-me um presente: contou-me um segredo.
O mar dá mostras de seus
presentes e os leva de volta com as ondas, assim como a vida nos mostra
pequenas (ou grandes) que vem e que vão.
Quem fica à beira-mar, como eu,
não pega grandes conchas. Encontra uma ou outra, pequenina. Se distrair os
olhos com a paisagem, parece que não há nenhuma. Mas as que encontrei são
lindas! E quanto mais me fixava, mais o mar ia presenteando.
Quando buscava uma concha que
avistava mais ao longe e corria para pegar, sempre uma onda a carregava e
escondia, como a dizer: “Esta não é para ti agora. Vigia e concentra, não
percebeste as que estão a teus pés.”
As pequenas felicidades (ou
grandes) que temos nesta vida são uma amostra do que um dia iremos viver. Assim
como o mar convida os caminheiros ao mergulho, a vida nos convida ao
aprofundamento.
Quem não busca a felicidade, ou
quem se distrai com as belezas efêmeras, dificilmente a encontra. Muitas vezes só
a reconhecemos quando, como o caminheiro distraído, ferimos nossos pés com uma
concha. Às vezes somente a dor nos faz perceber a felicidade.
Retornei com algumas conchas e
uma ânsia de profundidade. Não de mergulhos no mar, mas da sabedoria que nos faz
realmente aproveitar a vida, evoluindo. As conchas? Trouxe-as comigo, feliz com
cada uma das pequeninas.
Aprendi com o mar que, no fim,
não é o tamanho da concha que importa, é a busca. Mas se não valorizamos os
pequenos presentes que a vida nos dá, esta perde o sentido. Nascemos para ser
felizes e mergulhar. Se só somos felizes, ou se somente mergulhamos, estamos
vivendo pela metade.
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CONVERSAS ÍNTIMAS
Calma, não é um conto erótico. Em
tempos de erotização em novelas, músicas e programas ditos “populares”,
qualquer menção a intimidade lembra erotização.
Quando adolescente, li em uma
revista que cristais tinham a capacidade de guardar informações, desde que as
mentalizássemos perto deles. Não tive dúvidas, juntei uns trocados e comprei
uma bolinha de cristal. Fiz todo o procedimento, lavando-a em água corrente e
energizando no sol por três dias. Depois, guardava-a em um local seguro, para
que somente eu a tocasse.
Conversava com ela todos os
dias. Ou melhor, mentalizava meu dia-a-dia,
na esperança de que ficasse gravado no cristal. Talvez um dia a humanidade
encontrasse-o, como uma cápsula do tempo, pensava eu.
O tempo passou, amadureci, e o
cristal perdeu-se em meio a tantas mudanças. Não faz diferença. Hoje compreendo
que o importante não era o ritual, ou o cristal. O importante é que, enquanto
mentalizava, exercitava o autoconhecimento.
Talvez este seja o motivo do
blog. Enquanto escrevo, converso comigo mesmo e organizo ideias, pensamentos e
sentimentos. Enquanto escrevo, “olho para dentro” e conheço-me.
Quando trata-se de conversas
íntimas, vale qualquer meio: conversar com analista, com amigo, com a mãe, com
uma planta, com um cristal ou com os botões... tanto faz. O objetivo é que
importa.
Vemos
o mundo através de nosso ponto de vista. Quanto mais nos autoconhecermos, mais
poderemos compreender o mundo à nossa volta. E, assim, viveremos melhor, mais
saudáveis e felizes.
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sexta-feira, 27 de abril de 2012
Faça acontecer!
Pode parecer bobagem mas, se puder ter um pouquinho de paciência,
talvez você possa ajudar. Enquanto você dorme, diverte-se, trabalha, convive
com sua família, alguém lá fora está esforçando-se, tentando ajudar o
semelhante.
Tenho visto professores visitando as casas de seus alunos, tentando
encontrar uma maneira de motivar as famílias para o estudo. Tenho visto
dentistas indo às escolas, pegando estudantes pela mão, um por um, e ensinando
a escovar os dentes. Tenho visto pessoas que, sem cobrar nada, ensinam música,
dança, esportes, cidadania. Tenho visto pessoas que acolhem, que conversam, que
dão atenção, roupa, remédio, alimento, abrigo... Tudo isso silenciosamente, sem
promoção pessoal, sem benefício pessoal, sem politicagem, sem esperar nada em
troca.
Ao mesmo tempo, tenho visto alguns destes abnegados, assediados por
pessoas que só sabem criticar, que só sabem dizer que “não vai dar certo”, que
só sabem dizer que “não é da minha conta”, “não é problema meu”, desistirem ou
estar na iminência de fazê-lo.
Há tanto o que fazer neste mundo! Precisamos de tantos! E há pessoas
que, além de não ajudar, desestimulam quem tenta fazer de nosso planeta um
lugar melhor para todos. Por favor, ajudem! Se não puder ser com ações
práticas, pelo menos que seja com incentivos às pessoas que você conhece e que
trabalham tanto pelo próximo!
Vamos fazer uma corrente de positividade. Vamos derrotar o ranço, o
mau humor e o pessimismo de quem acha que “não adianta mais”. Hoje, olhe nos
olhos daquela(s) pessoa(s) que você conhece e que lutam de alguma maneira para
construir um mundo melhor, desde os gestos mais simples até os grandiosos
projetos e agradeça. Agradeça e diga, sinceramente: “Não desista!”.
Se possível, auxilie também. Às vezes, um sorriso já basta. Ou um
minuto de atenção e respeito. Ou um pequeno gesto de bondade, uma “mãozinha”,
um incentivo. Faça acontecer!
Espalhe esta ideia. Se possível, para muita gente. Eu preciso de
você e o mundo também! Se puder, melhore-a. Transforme em vídeo, em música, em
cartazes, fotografias, o que for... Espalhe para seus amigos e convide-os a
fazer o mesmo. Acredite! Agradeça! Auxilie! Conto com você!
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Como criar um Blog
Aos alunos da E. M. E. F. Professor Leão Warren, que me pediram informações sobre como criar um blog, não tive tempo de criar ainda um vídeo próprio sobre o assunto, mas vou aproveitar o ótimo trabalho do Formação Grátis, para compartilhar aqui. Assistam os vídeos e qualquer dúvida, entrem em contato.
Parte 1
Parte 2
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Jogos para pessoas com necessidades especiais
Crianças “especiais”, “deficientes”, “portadores de necessidades especiais”, “com necessidades especiais”, ou até mesmo pejorativos como “doentinhos”... Os termos vão sucedendo-se durante o tempo, mas algo pouco muda: a afirmação de muitos professores de que não estão preparados para trabalhar com estas crianças e adolescentes.
Um fato é inegável: a INCLUSÃO ESCOLAR está aí, batendo na porta de todos os incrédulos que afirmavam que este dia não iria chegar. E agora? O que fazer? É possível continuar com a justificativa de que não estamos preparados, mesmo com os cursos em EAD gratuitos que podem ser encontrados e acessados por quem tem um pouco de interesse?
Numa próxima oportunidade, citarei algumas possíveis fontes de estudo. No momento, o que quero destacar é o trabalho das professoras Elisangela Zampieri, Karyne Noemy Scheffmacker e Ivanise Meyer, e do professor José Antonio Klaes Roig, na construção de seu blog SPECIAL GAMES. Em suas próprias palavras: “Um laboratório de aprendizagem organizado por educadores de forma colaborativa. Jogos e softwares utilizados como recursos para o desenvolvimento de habilidades afetivo-emocionais, motoras e cognitivas como as funções mentais superiores e as estruturas de pensamento, especialmente de pessoas com deficiência intelectual”.
Vale a pena conferir!
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