sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sobre imparcialidade

Quero começar dizendo que não sou imparcial. Longe disto! Tenho o direito de ser parcial, por estar escrevendo no meu próprio Blog. Mas o que podemos dizer da imparcialidade da imprensa? Até que ponto é possível ser imparcial?

É possível ver nos jornais, revistas e telejornais muitas notícias, no mínimo tendenciosas. Não me refiro aqui a editoriais ou colunas, que por razões óbvias, podem ter esta característica. Refiro-me a notícia em si, enquanto narração de fatos e acontecimentos.

Não sou jornalista, mas em minha formação em Letras, algumas coisas aprendemos. Uma delas é a velha e conhecida fórmula: O quê? Quando? Onde? Com quem? Com mais alguns detalhes e uma boa redação, eis que surge uma notícia. Alguém já escreveu (e sinceramente não lembro o autor) que quando uma notícia é recheada de adjetivos, temos uma propaganda.

Tenho observado alguns meios de comunicação e comparado as notícias que veiculam. Em alguns casos, vejo a diferença que os adjetivos fazem na notícia. Há poucos dias, li uma reportagem cheia de adjetivos pejorativos, que obviamente procurava diminuir a importância de um evento. Em seguida, em outro meio de comunicação, leio reportagem semelhante, mas cujos adjetivos enaltecem o evento realizado.

Fico me perguntando: qual a intenção deste tipo de narração? Apesar de apresentarem versões diferentes para os mesmos fatos, as entrelinhas não são escritas pelos mesmos motivos? Felizmente, há muitos meios de comunicação sérios e que procuram ao menos aproximar-se da tão citada imparcialidade. Eu cá continuo parcial e tendencioso, mas admito que o faço!

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